segunda-feira, 25 de novembro de 2013

QUESTÃO DE GOSTO.

A primeira coisa que eu reparo num homem? A aparência. E não me venha dizer que você faz diferente, porque eu sei que não faz – ou melhor, é improvável que você faça. O discurso da beleza interior é, de fato, muito bonito. Um mundo onde a despeitada seja tão valorizada quanto a peituda, onde a magrelinha seja tão valorizada quanto a gostosa, onde a nerd tímida seja tão valorizada quanto a popular é realmente ideal. Tão ideal que, por enquanto, continua apenas no âmbito das ideias. Em tempos de noitadas ébrias e de amores líquidos que se esvaem como água em ebulição, eu simplesmente não acredito em gente que cai nas graças da minha simpatia. É claro que toda simpatia tem o seu valor – afinal, poucas coisas na vida são tão gostosas quanto ser retribuído ao dar um sorriso, nem que seja a um estranho. Mas dizer que a primeira coisa que você nota em alguém é a simpatia ou qualquer outro atributo que não seja físico é, no mínimo, passível de desconfiança. Infelizmente – ou felizmente– nosso contato primordial com o mundo é visual. Você olha as vitrines do shopping para então decidir o que vai comprar. Você assiste a um filme debaixo das cobertas porque o recurso da imagem em movimento é deveras interessante. Você está lendo este texto para depois processar as informações contidas nele. Assim como, na balada, ambiente geralmente ensurdecedor e cheirando a gelo seco, você primeiro olha as pessoas antes de chegar naquelas que efetivamente o interessam – afinal, escolher pela percepção tátil ou palatal pode ser indelicado e até mesmo criminoso. Vinícius de Morais, certa vez, pediu desculpa às feias, alegando que beleza é fundamental. Você o chamou de fútil. De preconceituoso. De raso. De injusto. Mas o injusto foi você, que cometeu a maior injustiça do mundo ao se esquecer do detalhe mais importante dessa história toda: beleza é relativa, meu lindo. Sua picanha pode ser Friboi, mas sempre vai ter quem pira mesmo num coxão mole. Seu tanquinho pode ser, assim, uma Brastemp, mas sempre vai ter quem prefere se perder num tanque de cimento batido. Seu olhar pode ser 43, aquele assim meio de lado, mas sempre vai ter quem prefere o charme inebriante de um olhar levemente estrábico. Sem contar que beleza é apenas o chamariz – você pode ser o cara mais bonito do mundo, mas se achar que o seu carro é uma extensão do seu pau, perdeu, playboy. Você pode ser a menina mais gostosa da América Latina, mas se perder 80% do seu tempo cuidando dos seus belíssimos peitos, pode se tornar menos interessante do poderia ser. Por isso, invista na beleza interior, mas jamais deixe de reconhecer o valor da sua beleza exterior. Dos seus olhos azuis. Ou dos seus olhos castanhos. Da sua boca carnuda. Ou dos seus lábios fininhos. Do seu nariz de boneca. Ou do seu nariz de batata. Do seu cabelo liso e louro. Ou dos seus cachos morenos. Da sua cinturinha. Ou da sua barriguinha. Afinal, beleza é relativa. E vovó sempre dizia sabiamente, nos meus momentos de crise, que tem gosto pra tudo. Se até jiló tem saída no mercado, quem sou eu pra não achar um sapato velho pro meu pé descalço?
(BRUNA GROTTI)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

UM DIA.

- EU VOLTO!! ME ESPERA!!!
- POR DEUS!!! VOCÊ DEMORA????

PARA SEMPRE ...

Eu tenho medo do pra sempre. O pra sempre é o vilão que insiste em transformar relações que foram felizes em fracasso diante dos olhos alheios. Paro e penso quanto tempo dura o pra sempre. Onde fica esse lugar do qual a gente passa a vida toda falando, a vida toda sonhando. De fato, nunca conheci alguém que tivesse estado lá. O pra sempre tem cara de mentira consciente. A gente sabe que não sabe chegar lá. Tentamos inventar caminhos, usar o GPS, pedir informação. Mas ninguém sabe informar. O pra sempre virou quase expressão automática, que nem o Graças a Deus. A gente fala muitas coisas que não achamos que sejam obra de Deus – não estávamos exatamente agradecendo, mas quando vimos saiu. O pra sempre é assim também. Vou te amar pra sempre. Quero você pra sempre. Sempre que pronuncio uma dessas frases, meu cérebro alerta para a besteira que acabei de dizer. Não seja ridícula, ele afirma. Pra sempre é uma coisa distante demais, longe demais. Porque eu nem sei se vou acordar amanhã. O quadro que enfeita meu quarto, e que só encaixou em cima da minha cama, pode despencar a noite e partir minha cabeça em duas. E comigo, vai-se o pra sempre. Ou eu posso acordar e receber uma ligação sua dizendo que não me ama mais. Que não sabe o que aconteceu. De repente, acha que meu beijo ficou molhado demais. Ou que a forma como falo e mexo no cabelo está te dando nos nervos. E aí vou chorar pitangas no canto, eu e o pra sempre. E, por isso, tenho que dizer que não te amo pra sempre. Te amar pra sempre é pesado demais. É responsabilidade demais. Não sei se aguento o fardo, não sei se dou conta. Não gosto de meias promessas. Mas posso te oferecer o meu amor de hoje, assim como fiz com o amor de ontem. Todos os dias quando acordo, penso que sorte tenho de estar viva. Mais uma noite em que o quadro manteve seu posto de decoração, invés de se tornar um assassino. E penso também em você. E penso, como tenho pensado há algumas centenas de dias, que te amo. Poderia ser diferente. Poderia não amar mais. Mas te amo. E acho que amor seja que nem um carro – precisa de combustível pra funcionar. Se você não abastece, ele te deixa na mão em meio à Marginal às 6 da tarde, enquanto você ia pra aquela reunião importante. E não adianta xingar os quatro cantos, achar que a vida é injusta, que nada dá certo pra você. Você não colocou combustível. Menosprezou as necessidades do carro, assim como menosprezamos as necessidades do amor. Amor precisa de alimento. Não ache que ele dura pra sempre se você não cuidar. Amar dá trabalho mesmo. É que nem cachorro. Dá um trabalho enorme, mas você automaticamente esquece dos xixis no sofá ou do tapete rasgado quando ele te olha nos olhos e te tasca uma lambida. Aí você tem certeza que valeu a pena. A gente combinou que não mentiria para o outro. E eu não posso te dizer que vou te amar pra sempre. Estaria quebrando o contrato. E não quero te ouvir dizer que me quer pra sempre. Não gosto de identificar uma mentira em meio a todo o resto que considero verdadeiro. Quero sim ouvir eu-te-amo. Muitos deles. Mas preciso ter a certeza que cada vez que um eu-te-amo sai da sua boca foi porque, naquele exato momento, você está me amando muito. Porque cada eu-te-amo que solto, vem naqueles momentos em que o amor é tão grande, que não cabe dentro de mim. Não cabe também dentro dos beijos. Nem dos carinhos no seu cabelo. Nem daquela pegada no seu pau. E aí ele pula pra fora, verdadeiro e explosivo. E, nesses momentos em que te amo demais, me dá uma vontade imensa de dizer que te amo pra sempre. Que vou amar pra sempre aquela conchinha gostosa. Que vou amar pra sempre o jeito como você me pega com força e me abraça com seus braços grandes. Que vou amar pra sempre seus conselhos que sempre se provaram coerentes. Que vou amar pra sempre quando você percebe que eu estou sem sono e faz aquele carinho infalível na minha nuca, pra eu pegar no sono com você. Mas me seguro, porque não quero mentir pra mim e nem pra você. Não consigo imaginar o dia em que não mais amarei cada pedacinho seu. Mas a experiência me provou que dessa vida, nada sei. Hoje eu vibro com cada uma dessas coisas que me fazem te amar. E sei que te amo porque você tem a capacidade de fazer cada célula do meu corpo vibrar como ninguém mais conseguiu. Mas não posso te dar o que não possuo – o meu amor futuro. E talvez a incerteza do sentimento – do meu e do seu – seja justamente o combustível do meu amor. Sei que amo hoje. E sei que você não me pertence. Sei que estamos juntos nessa trajetória emocionante da vida porque assim queremos. E que assim seja enquanto as mãos dadas nos fizerem felizes.
(JAQUE BARBOSA- CASAL SEM VERGONHA)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

FIM TAMBÉM É COMEÇO...

Tudo parecia estar perdido, principalmente o amor. O amor se perdeu no meio daquele quintal de desilusões e tentativas fracassadas de se restabelecer. Deixou de ser tocado e usufruído porque a correria dos dias embaça a nossa visão e muitas coisas surgem o tempo todo nos desviando do que realmente importa. Sentia algo esquisito no peito, olhava para as estrelas sem desviar o olhar e o céu parecia um lugar infinitamente mais confortável de se estar. Não era mais falta, nem desejo ou vontade de tentar outra vez – era apenas mágoa. E mágoa, meu caro, é algo completamente destruidor. Aquela descrença no mundo que a gente sente quando já machucou até o último centímetro da própria pele, quando já gastou o que tinha de melhor e depois ficou sem recursos. Era um sopro bruto da razão, do tipo que derruba com violência qualquer ignorante que se julga sábio, mas que buscou por tanto tempo pegadas no mar. Um ceticismo louco impregnado na retina, na boca, na carne e no coração. Era a desistência entrando pelo buraco que ficou aberto causado pela ausência, pela estupidez e pela falta de perdão. Eram tantas coisas flutuando na cabeça e a vontade de separar o corpo e a mente, limpando a sujeira deixada pelos anos de insistência em coisas que não valiam a pena. Naturalmente insistimos em coisas impossíveis e que não merecem tanta dedicação, mas só nos damos conta quando percebemos que abandonamos aquilo que era bom e que estava ao nosso alcance. Naquela noite tudo parecia perdido, sobretudo eu. Perdida no meio daquelas pessoas que exibiam sorrisos falsos e bebidas baratas, mas que eram infinitamente mais felizes e menos românticas do que eu. Não era tristeza, nem desespero – era cansaço. Aquele tipo de sentimento que te faz desejar ter um zíper no próprio corpo e tirar a alma lá de dentro. Não era insanidade, nem desculpa ou falta de noção – era a chegada do fim. Um final daqueles que parece destruir a gente, mas na verdade acontece apenas para juntar finalmente os pedaços que perdemos pelo caminho. Terminar, findar, concluir, finalizar. É apenas a primeira porta para abraçar novas possibilidades, e, levando em conta tudo aquilo que aprendemos ao fechar aquela última, os novos passos obviamente serão dados com mais cuidado e sensibilidade. Naquela noite em que tudo estava perdido, especialmente o amor e eu, aprendi a beleza das coisas que terminam, porque todo fim é também um jeito de começar outra vez, outra coisa, outro sonho e outra vida…
Escrito por | Camila Heloíse Camila Heloíse é Jornalista, editora de web e blogueira. Autora do livro "O amor é o que vem depois" pela Editora Penalux e colunista da Revista Benfazeja.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Eu Volto... Me espera...

Saudade do menino de riso frouxo, de verdade nos olhos, de jeito tímido com um punhado de extravagância. Do meu pequeno que faz da estrada seu sustento e das nuvens sua paixão. Do responsável pela minha inesgotável fonte de inspiração. E quando chove lá fora e aqui dentro anda tão vazio, falta ele a me trazer o arrepio neste dia que se arrasta. Hoje a saudade tem seu sobrenome. É a memória do sentir que insiste em ficar. Quando você voltar meu pequeno, vamos brincar de demorar? Eu volto, me espera...

INSUBSTITUÍVEL!

Não comparo pessoas. Não comparo amores, não comparo amizades. Cada pessoa que passou da minha vida, deixou uma lição, deixou uma história diferente da outra. Veio pra me ensinar alguma coisa, que uma outra pessoa não ensinaria. As pessoas são singulares, são únicas, assim como o que elas trazem por dentro. E isso não permite comparações. Há quem diga que não existem pessoas insubstituíveis, mas ainda não encontrei ninguém que fosse igual a ninguém. Encontramos outras pessoas,que nos fazem felizes de outras formas, mas não exatamente como a outra pessoa nos fez.

CASADA, SOLTEIRA, NAMORANDO ALGUÉM??????

Então, pra que status de relacionamento? Por que as pessoas precisam tanto afirmar que estão namorando? Há tantos casais infelizes que só querem manter as aparências e há outros muitos, completos, que vivem no anonimato. E vivem maravilhosamente bem. O que você quer expor? Pra quem você quer expor? Amigos? Os amigos te ligam pra saber como você está. O que as pessoas tem tanto com sua vida? Não esqueçam o básico: a velha declaração no ouvido, as flores em um dia qualquer, o sorriso espontâneo puro e simplesmente porque a pessoa te faz bem. Hoje em dia é tudo muito "em um relacionamento sério" e só. É isso que te move? É isso que vai te fazer feliz, os outros saberem da sua felicidade? O essencial é invisível aos olhos, principalmente aos olhos alheios. Felicidade é pra ser vivida, não exposta!

Solidão...

"Solidão não é falta de gente para conversar, namorar, passear. Isso é carência. Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar. Isso é saudade. Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos. Isso é equilíbrio. Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsivamente para que revejamos a nossa vida... Isso é o princípio da natureza. Solidão não é o vazio da gente ao nosso lado. Isso é circunstância. Solidão é muito mais que tudo isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão a nossa alma".
(Chico Buarque)

domingo, 22 de setembro de 2013

É SÓ SAUDADE...

É... MOÇO...

E se a gente se apaixona por algo que nos toma e nos comove, mas não é nosso? Como é que eu posso conviver com esses olhos cafés que causam insônia nas noites agora? E se fica um grito de eu te amo atravessado pela garganta e pelo travesseiro bagunceiro que toda madrugada te chama? E se eu estou te amando e você nunca me amar, como mando o peito parar de escrever tanta poesia com jeito de dia amanhecido, se só e vai sobrar um punhado de escuro e algo esquecido pelos cantos do acaso? É moço, talvez seja descaso do destino e nossos olhares que se encontraram ainda não podem se pertencer. Estamos em jogo onde tudo se movimenta e nada esta sendo inventado. E nossa pontuação de vantagem contra e vantagem a favor, nos deixa também uma interrogação. Somos hoje? somos sim? somos não? No nosso encontro moço, somos empate, somos alguma forma de arte ainda não definida, e tão somente sentida por qualquer coisa que pulsa. É moço, você me ganha, eu te absorvo. E talvez eu nunca tenha lhe dito em alto e bom som, como quem tem o dom de brincar com as palavras o que sinto sem mentiras ou disfarce. Então te digo: casa comigo hoje e amanhã a gente pensa como casar de novo.
(LILIAN VEREZA)

EU AINDA SINTO...

"Estou com saudade! Escrevi só para te dizer isso, sem a intenção de causar a mesma coisa em você. Eu só queria que ao ler isso você soubesse: eu estou com saudade de você. Amanhã vou negar, vou recusar olhar qualquer coisa sua e qualquer coisa nossa. Vou dizer que as músicas que a gente escutava não me trazem seu cheiro e não levam a um abismo de lembranças de como era bom, a dança, o papo, o beijo, a volta ao redor do mundo e o mundo ao redor da gente. Amanhã vou negar, mas hoje não nego – eu estou com saudade. E ando torta por causa disso, e meu estômago dói, meu peito dói e minhas asas estariam doendo também se eu tivesse asas. Meu sono foi esmagado pela vontade de te ouvir contar qualquer história. Minha fome não é de comida. Estou morrendo e sumindo e deixando de existir, porque hoje estou farta de tanta saudade. Amanhã não. Amanhã vou acordar e tomar o meu café da manhã naquela padaria com a alma em paz porque não verei você entrando e meu apetite indo embora. Amanhã vou almoçar tranquila sem você para dizer que eu me alimento mal. Amanhã vou sorrir e respirar aliviada por ter resistido a mais um dia longe da tua presença esmagadora. Mas ainda é hoje, e hoje eu estou com saudade."
(Camila Heloíse)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

MULHER, UM SER EXÓTICO.

Falo, rapida e despretensiosamente, sobre dois filósofos importantes, Nietzsche e Kierkegaard, e sobre sua notória incapacidade de encontrar algum prazer com o sexo oposto, apesar de suas mentes brilhantes e de suas contribuições tão importantes para a história do moderno pensamento ocidental. Ambos eram heterossexuais e amaram mulheres, mas não conseguiram jamais transformar essa paixão em felicidade. Nietzsche apaixonou-se por Cósima, mulher linda e inteligente, filha de Lizt e esposa de seu amigo (e mais tarde inimigo) Wagner. Na época (por volta de 1870), Cósima tinha 30 anos, e Wagner, quase 60. Nietzsche, com menos de 30, brilhante professor universitário, e pouco depois autor de livros que revolucionariam a filosofia, freqüentava a casa de Wagner e sonhava em transformar Cósima em sua discípula e sua amante. Nunca conseguiu, talvez por medo, talvez por incapacidade, talvez porque Cósima não simpatizasse com seu bigode. Em 1882, conheceu outra mulher, chamada Lu Von Salomé, uma russa que vivia com seu amigo Paul Rée. Repetiu-se a história. Nietzsche viu em Lu Von Salomé alguém capaz de entendê-lo (nisso estava certo, pois a garota escreveu um belo livro sobre o filósofo) e amá-lo (nisso estava errado: ela sempre preferiu Rée). Nietzsche, desde Humano, demasiado humano (1878) escrevia bastante sobre as mulheres. Seus aforismas sobre o sexo feminino são uma mistura de machismo explícito e tentativas - quase sempre muito engraçadas - de encontrar um "lugar" para a mulher na sociedade considerando suas características tão especiais (e inferiores ao homem, claro). Nietzsche enlouqueceu ao poucos, provavelmente por conta de uma sífilis, e morreu 1900, pobre, sozinho e nunca verdadeiramente amado. A relação de Kierkegaard com as mulheres é mais triste ainda. Ele se apaixonou por uma moça chamada Regine (de Copenhague, como ele) e foi absolutamente correspondido. Ficaram noivos. Tudo se encaminhava para um casamento tradicional. E então Kierkegaard começou a pensar. Pensar demais: se poderia fazer Regine feliz, se o matrimônio era a escolha certa, se ele não se arrependeria mais tarde, etc. Desmanchou o noivado, decidiu dar um tempo em Berlim (onde escreveu Ou isso/ou aquilo) e, quando voltou, Regine estava noiva de outro homem. Kierkegaard amou Regine até a morte e deixou-lhe todos os seus bens. Nunca se interessou seriamente por outra mulher. Enquanto viveu, Kierkegaard experimentou pessoalmente, em doses cavalares, o sentimento de angústia, que descreveu tão profundamente em sua obra. David Lodge, no maravilhoso romance Terapia (em que Kierkegaard é figura de referência importante), cita a seguinte passagem do filósofo dinamarquês: "A coisa mais terrível que pode acontecer a um homem é se tornar ridículo aos seus próprios olhos num assunto de importância crucial, ao descobrir, por exemplo, que a soma e a substância de seu sentimento não passam de pura besteira." É isso aí. Pior que a besteira é ter a noção cristalina, absoluta, completa de besteira. Tanto Nietzsche quanto Kierkegaard eram inteligentíssimos e, com toda a certeza, morreram conscientes da sucessão de erros e burrices que praticaram em relação ao sexo oposto. É interessante lembrar que Nietzsche e Kierkegaard investiram pesadamente contra a tradição metafísica e pregaram a volta do homem ao mundo "real", em vez de procurar verdades ideais e inatingíveis. Para Kierkegaard, a existência é mais importante que a essência, enquanto Nietzsche demoliu a tal "essência" platônica em todos os seus livros, acusando-a de causar ignorância e infelicidade para os seres humanos, construindo uma moral absurda e ilógica. Ora, o que seria de esperar destes dois homens tão "práticos" em relação às mulheres? Que eles não se enredassem nas mesmas teias em que caem quase todos os mortais do sexo masculino, ou que, pelo menos, depois cair, soubessem achar uma saída. Eles não acharam. Essencialmente, o que eles fizeram foi estragar suas vidas sentimentais como dois imbecis. Então, para concluir essas notas, creio que podemos aprender um pouco com estes geniais senhores tão infelizes: em relação às mulheres, é melhor agir mais e pensar menos. Não que o pensamento não tenha lugar importante no mundo sentimental e erótico, mas é melhor colocá-lo em seu devido lugar - subalterno, acessório, complementar. Quando instintos e sentimentos ficam à mercê de raciocínios complicados, pirações intelectuais, conjunções sofisticadas de sistemas filosóficos, só uma coisa é certa: cedo ou tarde, teremos uma infeliz consciência das besteiras cometidas. Acham que não? Perguntem para as mulheres. Tenho certeza que elas confirmarão minha tese. No fundo, é a chuleta no azeite que interessa. Ou não?
TEXTO MARAVILHOSO DE Carlos Gerbase.

sábado, 31 de agosto de 2013

The end...

Não te amo mais, queria dizer a ele pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. aliás, não quero mais nada. só ir embora. eu só queria ir embora. então, por que eu simplesmente não ia embora? por que eu continuava obedecendo os comandos do meu ex-dono, sendo que ele não é mais dono nem do meu dedinho do pé que tem a unha mais curta? claro que sobrou um carinho, uma amizade, uma graça. o mesmo que tenho pelo resto da humanidade que julgo digno de alguns minutos do meu tempo. mas tudo aquilo, meu Deus, tudo aquilo que era maior do que eu mesma, maior do que o mundo, que me soterrava, que me transportava pra outra realidade, que fazia meu corpo inteiro doer tanto de tanto sangue inchado que passava por ele, tudo aquilo, nossa, acabou. já era. então, por quê? por que raios eu não ia embora? quero namorar esse homem? não. quero casar, ter filhos, envelhecer ao lado dele? não mais. nunca mais. quero transar com ele, ainda que daquele jeito errado em que minha solidão procura um abraço e a solidão dele procura uma sacanagem? não. nem a pau. quero reviver uma memória pra me sentir viva, emprestar uma alegria pura do passado? não, tô fora de continuar sempre no mesmo lugar, me roubando minhas próprias histórias. quero lamentar a falta de um beijo inteiro, um abraço de verdade, um carinho sem medo e uma atenção entregue sem nenhum egoísmo? não. não quero mais mudar ou fantasiar ninguém. deixa o mundo ser como é. deixa ele ser como ele é. E de novo sinto um medo filho da puta... e é por isso que quando ele, a pessoa que eu amei... pois amei sem os bloqueios e sem a amargura que veio depois de tanto amor, me pede pra ficar, eu fico. se alguma química idiota do meu cérebro obedeceu aquela voz por anos, por que haveria de parar de obedecer agora só porque o resto todo do corpo já não sente mais nada? Chega de ser comandada pela parte mais “xucra” e sem alma da minha existência. chega. Quem manda aqui é o mesmo peito que me jogou pra fora daquela cama e daquela situação que sempre só me fez tanto mal e só me levou coisas tão bonitas... não quero mais as minhas repetições seguras e infelizes, ainda que encarar um coração vazio seja mais assustador do que pai bravo, cidades estranhas, as quais eu estou acostumada... e amores eternos que acabam, e como meus amores eternos acabam... (Pricila Estrela)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Afinidade...

Eu não sei muito falar de amor. Acho que eu nunca soube, mas de algo eu sei, que as coisas acontecem porque tem que acontecer. As vezes a gente se prende em coisas tão banais, mas não lembramos dos detalhes. Do quanto foi bom, das coisas especiais que aconteceram, dos sorrisos, dos momentos, dos abraços, e dos calores. Não reparamos nos favores, nas atitudes e nos sacrifícios. Preferimos nos apegar em coisas que não vamos levar. Nada vamos levar daqui, absolutamente nada. E o que deveríamos aproveitar, jogamos fora como se não tivessem nenhum sentimento verdadeiro. Eu só lamento, porque se as pessoas soubessem pelo menos um pouco, que a melhor coisa é afinidade, não precisariam de mais nada desse mundão inteiro. — (Venz Sappino).

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MUSICA...

*Você verá que é mesmo assim, que a história não tem fim Continua sempre que você responde "sim" À sua imaginação À arte de sorrir cada vez que o mundo diz "não" ♫♫♫ ... Musica... faz bem p alma...
*Sim musica faz muito bem, me faz muito bem... eu amo escutar musica escuta essa ai One Love...acalma a alma...

One Love | Playing For Change | Song Around the World

Um Amor/Povo prepare-se :
Um amor, um coração, Vamos ficar juntos e nos sentirmos bem. Ouça as crianças chorando (um amor) Ouça as crianças chorando (um coração) Dizendo Agradeça e louve ao Senhor E me sentirei bem Dizendo vamos ficar juntos e nos sentirmos bem. Deixe todos passarem todas suas advertências sujas (Um amor) Há uma única questão que eu realmente adoraria perguntar(um só coração) Há um lugar para o pecador sem esperança, Que feriu toda a humanidade só para salvar suas próprias crenças? Um amor! E quanto ao coração? um coração! E quanto? Vamos ficar juntos e nos sentiremos bem Assim como foi no início (Um amor!) Assim será no final (Um coração!) Certo! Agradeça e louve o Senhor, e me sentirei bem Vamos ficar juntos e nos sentirmos bem Mais uma coisa! Vamos ficar juntos, para cometer esse Armageddon Sagrado, (Um amor) Assim, quando O Homem vier não haverá, nenhuma condenação condenação (Uma canção) Tenha piedade daqueles cujas chances vão diminuindo, Não existe lugar para se esconder do Pai da Criação. Dizendo; Um amor! E quanto ao coração? (Um coração!) E quanto ao? Vamos ficar juntos e nos sentirmos bem Estou implorando pela humanidade! (Um amor!) Oh, Senhor (Um coração) Agradeça e louve ao Senhor e me sentirei Vamos ficar juntos e nos sentirmos bem. Agradeça e louve ao Senhor e me sentirei bem Vamos ficar juntos e nos sentirmos bem.

SAUDADE!

“Eu só queria que tu soubesse que eu não vou sair de você. Vai enfiar sua língua em outras bocas pra me esquecer, vai se agarrar com alguém pra não lembrar de mim, vai virar cinco doses seguidas de tequila e mesmo assim isso não vai te dar a capacidade de sequer confundir meu nome com outro. Vou permanecer nos seus beijos, amassos, ressacas, vômitos e dores de cabeça. Você querendo ou não. Juro QUE VOCE NÃO VAI ME ESQUECER. Vc não vai me esquecer porque eu jamais te esquecerei.”

DELICADEZA!

HOJE COM UM TEXTO DO MARAVILHOSO RICARDO COIRO:
Arnaldo, o homem pode ser delicado em alguns momentos? Não ria da minha pergunta! Pode ou não pode? Sem medo eu digo que sim. E falo mais: acho que todo e qualquer homem existente na galáxia, seja o Chuck Norris ou até o Zé Mayer, em certos momentos, precisa ter atitudes movidas pela tal delicadeza. Sei que, neste instante, muitos machões estão rindo do meu primeiro parágrafo. E não irei culpá-los pelo falso julgamento – a sociedade os ensinou assim. Homem não chora, homem não sente, homem não hesita. Esse é o preço que se paga pela testosterona. E é por isso que vocês riem de mim: porque são como a maioria dos homens comuns em território nacional, portadores de pinto que confundem a delicadeza com a frouxidão. Mas são coisas diferentes, meu caro. Muito diferentes, por sinal. Esta confusão toda me parece muito arcaica. Pré-histórica, eu ousaria dizer. Provavelmente, começou com algum bravo caçador de mamutes que, certa vez, para atrair uma bela dama das cavernas, demonstrou um bocado de força. Ela, por sua vez, ficou impressionada com a potência do caçador e logo trepou com ele, sobre um colchão formado por pedras. O caçador, depois da transa, correu para a caverna mais próxima e pediu a atenção de todos, enquanto na parede da caverna desenhava alguns símbolos que significavam: “homem forte penetra”. Dali em diante, os homens continuaram transmitindo a máxima dita pelo sábio caçador garanhão. O símbolo desenhado na pedra foi mostrado e passado de pai – e de mãe – para filho. Meninas gostam de meninos fortes emocional e fisicamente, disseram as más línguas. O ensino se perpetuou de geração em geração. Assim, o mundo foi tomado por homens que aprenderam o poder da força, mas que foram privados de conhecer o poder de uma delicadeza. Não questiono o ensinamento do sábio caçador – em partes, ele estava certo. Pena que o coitado se esqueceu de dizer que a força é um atributo valorizado por mulheres somente em certas ocasiões. Quando elas buscam proteção, por exemplo. Ou quando elas, sozinhas, não conseguem abrir um vidro de azeitonas. Ou quando o carro atola num lamaçal sem fim. Em casos como esses, é prudente que o homem não seja delicado ou ofereça uma “mãozinha de alface”. Mas e no resto da vida, hein? Nem tudo é conquistado à base de força. Duvida? Mesmo, amigo? Então deve ser por isso que você nunca conseguiu fazer sexo anal com sua mulher. Para os seus amigos, você diz que ela não aguenta o tamanho da sua piroca. Mas ela só mede 14 cm. Pequena não é, mas convenhamos que você está longe de ser um ícone da “pirocagem”. Pode ser que o problema seja o emprego da força em hora errada, irmão. Experimente usar a delicadeza nesta noite. Tenho certeza de que amanhã me agradecerá e que ela, sua linda mulher, até considerará a ideia de repetir a brincadeira pela porta dos fundos. E se você acha que a delicadeza é necessária apenas na hora de encaixar seu côncavo no convexo dela, é aí que você se engana novamente. As sutilezas têm um poder inacreditável. Seja delicado no jantar, enquanto faz uma massagem no ponto exato que faz sua mulher relaxar. Dome sua força para não destroncar o pescoço dela, como você tem feito todos os dias. Seja delicado também quando ela lhe pedir para subir o zíper do vestido – ela o agradecerá por não tê-lo rasgado antes da festa. Seja delicado também com as palavras e tire o peso desnecessário de certas frases. A mesma coisa, dita com delicadeza, pode impedir que termine a noite no sofá ou na punheta. Seja delicado na hora certa, no beijo, por exemplo. Certamente ela quer sentir sua língua acariciando suavemente a dela, e não uma lesma desgovernada dançando trance dentro da boca dela, entendeu? Em suma, não tenha medo da sua delicadeza. Muito menos tente excluí-la de seu dicionário. Ser homem não é sinônimo de ser ogro – pelo menos não deveria ser. Aprenda a ser delicado nos momentos certos, como contraponto da sua pegada já forte. Confia em mim, cara. Mais vale um Chico Buarque na mão do que dois Chuck Norris voando.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

REENCONTRO...

E no dia que eu encontrar você, não terá "quando" nem "porquê". Abafarei suas explicações com um beijo e você sentirá atrás do arrepio e calor simultâneos que o amor passou por aqui a anos atrás e (de abusado) mora até hoje. Sem desculpas, sem continuar de onde paramos. Será uma nova versão de mim, uma repaginada de você. Não quero saber de amores-pontes que viveu, nem saberá das camas que visitei. Encontrará uma mulher diferente, mais séria (mesmo com a carinha de criança que você conheceu lá atrás), mais pé no chão. Eu sei que seu corte de cabelo deve ser outro, algumas tatuagens a mais devem habitar seu corpo, o que me faz imaginar o que acontecerá quando as minhas quiserem conhecê-las. Você vai perceber que muita coisa ficou muda nessa lacuna, mas que seria besteira dizê-las: elas existem nos olhos. Minha pele terá a certeza que ali começa uma nova história em meus lençóis. E suas mãos deixarão de segurar tanta bagagem rumo ao nada, para abraçar nossas vidas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O Amor, a Vaidade e a Ilusão.

Certo dia, nasceu uma flor no planeta do pequeno príncipe. Era um rosa. E o principezinho logo tratou de cuidá-la; era tão linda! “O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!” “Assim, ela logo começou a atormentá-lo com sua doentia vaidade.” ” – À noite me colocarás sob uma redoma de vidro. Faz muito frio no teu planeta (…)” “Então ela forçou a tosse para causar-lhe remorsos.” O principezinho começou a duvidar de sua flor. Ficou entristecido, embora fosse sincero o seu sentimento. Teve grande vontade de partir. Preparou tudo. Conheceria outros planetas. Na despedida, a flor disse que o amava e dispensou a redoma e os outros cuidados. “É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.” Disse-lhe adeus, mas não chorou. Ela era muito orgulhosa! Mais tarde, enquanto visitava outros planetas, o príncipe pensou: “(…) Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. (…) Mas eu era jovem demais para saber amá-la” Um geógrafo, que morava num dos planetas visitados pelo pequeno príncipe, explicou-lhe o significado da palavra “efêmera”. Ele então entendeu que sua flor era efêmera, que estava ameaçada de desaparecer, e que a tinha deixado sozinha. Sentiu remorso. Na Terra, encontrou um jardim cheio de rosas e sentiu-se triste por ter sido enganado por sua rosa. Ela havia lhe dito que ela era única no mundo… Mas existiam tantas! O pequeno príncipe pensou como a sua flor ficaria envergonhada ao ver todas aquelas outras rosas. Ela era como as outras! Uma amiga raposa, a qual o príncipezinho cativara (criara laços), explicou-lhe que os laços criados é que tornavam os seres únicos. “Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…” A raposa ainda disse: ” só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.” E também: ” Tu te tornás eternamente responsável por aquilo que cativas.” O pequeno príncipe pensou em sua rosa. Os homens não se lembravam mais de criar laços… (Antoine de Saint-Exupéry)

DEIXA EU IR COM VOCE...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

PARA SEMPRE!

Toda a história, por mais bonita que ela seja, tem um fim. Como terminam todas as histórias que nascem bonitas. E daquela história não ficaram nós. Ao contrário: ficaram laços. De um azul celeste lindo. E sem certezas... Que certeza a gente tem da vida, além da triste certeza de que um dia, que eu não sei quando nem onde, as pessoas que a gente mais ama vão embora? Quase todas as pessoas que amei e amo já foram embora... a vida vai levando as pessoas para suas vidas... Viver é a incerteza do momento. Histórias vividas deixam lembranças bonitas, ou nem tanto... deixam dores ou sorrisos. São pequenos detalhes que fazem toda a diferença. São grandes pessoas que fazem uma absurda diferença. A vida é feita de coisas simples. De pessoas simples. E de sorriso no rosto... Mas acredite, ninguém fica- ficam os momentos e esses não voltam mais! E aquele momento, de um minuto atrás, aquele instante, já é passado. Ele não voltará... A lembrança. O tempo. As escolhas. As alegrias. Os sorrisos. As gentilezas. Os afetos... A tristeza, o choro, a mágoa... o amor...tudo o tempo leva! E pra tudo existe o tempo. O tempo certo de ficar. O tempo de seguir viagem. De deixar que coisas novas entrem no caminho da gente. E que outras se vão. A gente tem que aprender a se desprender. A se desapegar. De deixar que o tempo siga o seu curso. Siga o seu ritmo. Siga. Sigamos então. Eu e o tempo. Juntos. Tempo meu. Me estende a mão quando eu tiver medo?

quarta-feira, 27 de março de 2013

RIR PARA NÃO CHORAR.

CONCEDES...

RENUNCIA...

Diz a lenda que Jânio Quadros renunciou à presidência para testar seu poder de fogo. Acreditava que o povo não aceitaria perdê-lo e que eclodiriam manifestações por todo o país implorando pela sua permanência. Desse modo, seu cargo seria mantido com apoio popular e o desgaste político que vinha ocorrendo seria esquecido. Erro brutal de cálculo. A renúncia de Jânio não só foi aceita como foi muito bem-vinda. Ninguém o segurou pelos pés pedindo que ficasse. O truque falhou. Essas renúncias armadas pela vaidade acontecem com muita freqüência entre casais. O cara ou a garota resolve dizer que está insatisfeito com o rumo que a relação tomou e avisa que está saltando fora. No fundo, quer apenas testar o amor do outro, ver o outro desesperado com a ausência iminente e argumentando em favor da continuidade do relacionamento. Às vezes dá certo. Às vezes não. Posso ver a cena: ROSA, acho que todo relacionamento precisa de um mínimo de cuidado, e eu sinto que você está se lixando para o nosso AMOR. Talvez seja a hora de acabarmos tudo. O que ele quer ouvir é:- De onde você tirou essa idéia? Eu sou louca por você, não consigo nem imaginar ficar longe de você. O que está errado? Vamos conversar. Mas o que ele escuta é uma navalhada no ego: Tudo bem, AMOR. É um jogo perigoso. A pessoa que toma a iniciativa de romper tem suas razões para isso, e o faz, quase sempre, com a intenção de terminar tudo mesmo, inclusive torcendo para que não haja reação dramática do outro lado. Mas a aceitação pacífica do final do romance acaba magoando, pois é a prova de que não faremos tanta falta. Rompimentos não devem ser usados como testes de ibope. Se o outro gosta mesmo de você, vai sofrer inutilmente. E se não gosta, quem vai sofrer é você, pois terá dado a ele o álibi perfeito para sair da situação sem culpa. Renuncie só quando estiver mesmo disposto a abandonar o barco. De mentirinha, é um risco que é melhor não correr. (Martha Medeiros)

VIVENDO...

"Nem todos os dias serão de paz, e nem todas as bocas darão beijos. Nem toda mão dará carinho e nem todo coração será pleno de amor. Sei que a vida tem seu lado negro - mas é pela paz que existe no outro lado dela que eu continuo vivendo." (Caio Augusto Leite)

Eu mesma...

Não posso desfazer a história e tampouco apagar os erros. A única coisa possível é continuar apontado o lápis para escrever o restante que ainda falta.

Sentimentos...

Trago no olhar visões extraordinárias De coisas que abracei de olhos fechados... (Florbela Espanca)

Amando...

Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia.

Depois...

Frase pequena mais fala muito de mim, pois vejo muita falacia, muito fogo em mato seco mais a vida me ensinou a identificar esse tipo de situação, e de certo sei bem meus defeitos e virtudes, e só eu sei... "Eu nunca vou desistir de mim." Sabe por que as pessoas são infelizes e irrealizadas? Porque elas deixam muita coisa pra depois; e o "depois" nem sempre vem.

DOR DE AMOR...

Uns com tanto, outros com tão pouco, e eu com a sua ausência. Sete e quarenta da manhã, coloco os pés no chão: primeiro o direito, para não correr o risco do mau-agouro – precaução nunca é demais, afinal, nada é tão ruim que não possa piorar. Olho para o lado esquerdo da cama que você gentilmente dividiu comigo durante esses pares de anos e percebo que a única coisa que ficou daquela nossa vida, na verdade, foi o que não ficou. Eu não tenho tido muita sabedoria para lidar com a inoperância do meu coração. Um coração que tanto bateu, mas que agora só apanha. Um amontoado de músculos atrofiados e caídos de quatro no ringue da vida, enquanto a sua sombra vem e curra tudo por trás. Sem dó, sem lubrificante e com areia. Acho que é por isso que dor de amor dói mais do que qualquer Benzetacil nesse mundo. O calibre de uma agulha introjetando mil coquetéis químicos qualquer veia aguenta. Quero ver aguentar o calibre de um pau que, ironicamente, fode a única parte do meu corpo que eu sempre fiz questão que se mantivesse imaculada – o meu coração. E aí, como se não bastasse tamanho estrago, introjeta nele um misto de bem-querer e de malquerer, uma taça de fermentado seguida de uma dose de destilado, um calor insuportável e depois um frio cortante. E eu fico aqui, metade viva, metade morta, pedindo clemência e um copo d’água. Aqueles quatro cômodos situados à rua dos Operários, número trezentos e quarenta e três, apartamento vinte e nove, aos quais carinhosamente já chegamos a chamar de ninho, também não estão sabendo lidar com o peso da sua partida. A infiltração na parede do nosso quarto aumentou – devem ser os tijolos chorando a sua ausência. Já lavei três vezes a fronha onde você repousava a sua cabeça de segunda a segunda, e ela continua inundada pelas notas cítricas daquele seu perfume inebriante. E por falar em notas, a nossa vitrola, que cantava tão bem, vem desafinando: coloquei “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos” e, pela primeira vez na vida, ela engasgou, como se estivesse tentando extravasar um grito ou um choro preso na garganta. E pra não dizer que não falei das flores, aguei duas vezes as violetas na janela essa semana, e elas continuam tão murchas e esquálidas quanto o meu sorriso. Meu corpo, que já teve um nome, bom-humor e amor pra dar e vender, hoje é um estabelecimento de portas fechadas e paredes pichadas com a tinta vermelha da sua indiferença. Aquele par de seios pequenos, porém incrivelmente belos, como você insistia em dizer todas as vezes que fodíamos, hoje pendem leve e tristemente num sinal de luto temporário. As unhas vermelhas que tantas vezes desenharam o mapa do Brasil nas suas costas nuas agora vivem foscas e descascadas. E os braços tatuados que você tantas vezes massageou hoje carregam o peso da sua escolha. Agora é a minha vez. Entre trancos e barrancos, escolho os barrancos. Até que alguém venha, como quem não quer nada, e lá do alto me estenda a mão. E eu segure firme para me levantar. E nós transemos como se não houvesse amanhã. E eu descubra que pau duro é pau duro e é bom em qualquer lugar do mundo. E eu responda a um SMS carinhoso na pouco esperançosa noite de uma quarta-feira. E ele elogie os meus seios com mais entusiasmo do que você. E eu me pegue pensando nele no ônibus a caminho do trabalho. E vivamos mais uma bela e destrutiva história de amor. Mas isso é papo para o próximo capítulo. Por enquanto, sigo fechada para balanço. Até que alguém me balance novamente. Com pesar, Um coração em pedaços. (http://www.casalsemvergonha.com.br)

FELIZ PÁSCOA!

A Páscoa transformou-se, de uma festividade religiosa, para um feriado comercial. As famílias mais se preocupam com o Almoço de Páscoa, do que com o real significado da data. Ao invés de comer e beber tudo o que tem direito, e mais alguma coisa, deveriam aproveitar a reunião familiar para acertar diferenças porventura existentes, procurar no real significado da Páscoa, a meditação, o diálogo em paz. E, principalmente, a harmonia e o perdão, pregados por Cristo. Atualmente o comércio conseguiu transformar TAMBÉM a Páscoa numa festa comercial, com essa idéia, mais se acentuam as diferenças sociais, contrariando os reais preceitos cristãos. Lembrar o que realmente vem a ser a Semana Santa não deve ser necessário, já que todos devem, pelo menos conhecer a saga do martírio de Jesus e sua Ressurreição. O que se pode lamentar é o esquecimento das reais tradições e a conseqüente transformação em mais um feriado comercial. Seria necessário que se fizesse uma reconscientização do verdadeiro significado dessa data. Não haveria a necessidade de se abandonar os novos conceitos que já estão muito arraigados. Mas que apenas nos voltássemos um pouco mais para os verdadeiros significados da data. Procurássemos pensar mais no espírito do que na matéria. Pelo menos agora, na Páscoa, fizéssemos uma tentativa de atingir os ideais de Paz, Amor, Compreensão e, principalmente, Perdão. Claro que não é somente na Páscoa que devemos ter esses pensamentos. Eles deveriam fazer parte de nosso dia a dia. Mas da maneira como o mundo se apresenta, isso é pura utopia. Em tese, a Páscoa poderia ser um pretexto para que ao menos se falasse nisso. O mundo inteiro está em pé de guerra. Se não é guerra fratricida entre irmãos de raça, é guerra religiosa (é o cúmulo, guerreia-se em nome de Deus). Ou então é guerra nas cidades, (com a violência das ruas, vive-se em pé de guerra). Em nosso dia a dia, estamos sempre assistindo cenas de uma violência inaudita. Ultimamente, a maldade humana tem se esmerado em demonstrações de autêntica barbárie... Enfim... assim caminha a humanidade... Pelo menos, então, no recesso de nossos lares, vamos procurar essa comunhão espiritual, ao menos neste dia, procuremos esquecer a violência externa, e, com muita paz no coração, vamos fazer vibrações de amor... para todos. Imaginemos ouvir IMAGINE, a bela música de Lennon... e com muito Amor, muita Paz no coração, prestemos nossa homenagem a Jesus. E com esse ideal em meu coração, espero que todos tenhamos UM LINDO DIA, e que esta Páscoa possa ser o símbolo de um renascimento de humanidade... (Marcial Salaverry)

DE QUE ME SIRVE...

sexta-feira, 15 de março de 2013

VAMOS SORRIR...

VEN MOR...

YA NO ME...

INESQUECÍVEL FLOR...

“Ela será única. Você conhecerá outras pessoas, terá um flash back com a sua ex namorada, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provará outros beijos, se sentirá frustrado, algumas vezes, ao perceber que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passará a mão em outros cabelos, alguns mais longos, outros mais curtos, mais cheios, mas de qualquer forma, sentirá falta dos cabelos dela, que de tão pouco se perdiam nos seus dedos. Você sentirá outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirá falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e suspirar fundo. Você chorará, toda noite, baixinho, sentindo a maior saudade que você já sentiu em toda a sua vida. Olhará para os lados, verá a vida passando, e sentirá uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Você entenderá que a amava. Você entenderá que a ama. Você entenderá que ela será eterna. E-t-e-r-n-a. Você, ao conhecer outras com o mesmo nome, sentirá um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirá suas mãos tremerem ao lembrar que dizia que esse seria o nome da filha de vocês. O seu celular, ao tocar, após anos, após milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação de vocês, aonde ela dirá que ainda te espera, e você dirá que está indo buscá-la, assim como em um texto que um dia ela escreveu. Você irá ler, palavra por palavra de tudo que ela escreveu um dia, e se surpreenderá ao ver que ela suplicava por você. Você se sentirá um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Ela continuará sendo sua. Você continuará sendo dela. Mas a vida continuará. Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a música de vocês, conseguirá. Lembrará de vocês com uma pequena tristeza mas com um grande afeto, assim como ela sempre disse, você ainda será a escolha dela, mas infelizmente, a vida lhe deu outras opções … Reticências, sua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida, perdido...

AMANHÃ...

Não são as promessas de para sempre, e muito menos um amor que brotou do nada que vão me convencer a ficar. Palavras que não saem do coração, não me tocam na alma. Esse blá blá blá, dito entre um gole de destilado e outro, não me atrai, nem me motiva a te querer. Entenda bem, sou difícil de manusear, não sou de porcelana, mas vivo me quebrando por aí, minha fala as vezes é rouca e você terá que beber meus medos antes de me tocar. Esqueça essa fala decorada de quem se acostumou a dizer o que algumas mulheres gostam de ouvir. Há muito tempo aprendi a ver nas entrelinhas as tais mentiras por trás das juras eternas. Coloque seu discurso de Don Juan no bolso, comece a ver beleza na poesia, na brisa que me seduz através de algumas linhas, no pôr do sol que rega minhas tardes. Me inale devagar, respire o que você não vê, usufrua do que eu não digo, mas se abasteça do que escrevo, antes de tentar se aproximar. Aprendi a gostar devagar, valorizando detalhes, aceitando diferenças e entendendo que a demora aumenta a vontade de estar junto. Então deixemos pra amanhã, o que pode não ser tão bonito hoje!

terça-feira, 5 de março de 2013

De Que Me Sirve La Vida

ESCUCHA MOR...(02-03-2013)
Estoy a punto de emprender un viaje, Con rumbo hacia lo desconocido. No se si algún día vuelva a verte No es facil aceptar haber perdido. Por mas que suplique no me abandones, Dijiste no soy yo es el destino Y entonces entendi que aunque te amaba Tenia que elegir otro camino. De que me sirve la vida Si eres lo que yo pido, Los recuerdos no me alcanzan Pero me mantienen vivo. De que me sirve la vida Si no la vivo contigo De que me sirve la esperanza Si es lo ultimo que muere Y sin ti ya la he perdido. Escucha bien amor lo que te digo Pues creo no habrá otra ocasion Para decirte que no me arrepiento De haberte entregado el corazon. Por mas que suplique "no me abandones" Dijiste "no soy yo es el destino" Y entonces entendi que aunque te amaba Tenia que elegir otro camino. De que me sirve la vida Si eres lo que yo pido, Los recuerdos no me alcanzan Pero me mantienen vivo. De que me sirve la vida Si no la vivo contigo De que me sirve la esperanza Si es lo ultimo que muere Y sin ti ya la he perdido. De que me sirve la vida Si eres lo que yo pido, Los recuerdos no me alcanzan Pero me mantienen vivo. De que me sirve la vida Si no la vivo contigo De que me sirve la esperanza Si es lo ultimo que muere... Y sin ti ya la he perdido. (CAMILA)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

FIM...

Recolhemos nossas flores secas da janela antes de fechá-las. Nossos sentimentos embrulhamos em jornais velhos e guardamos dentro de caixas de papelão. Quis tanto conseguir chorar quando tocou “cry me a river” no rádio, mas eu estava tão ressecada por dentro. Tudo no meu canto era fragilidade e despedida. Ir embora para poder voltar para mim: foi minha única saída.

SUA FALTA...

‎...Sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinto falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter. Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria."

AMANHÃ...

Mas amanhã eu vou estar melhor,se eu não estiver,finjo que estou!!!
THE END... EU VOU SUMIR DE SUA VIDA...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

SER...

Que tem uma coisa entupindo a minha garganta e não é pentelho, nem catarro, nem a tampinha de uma caneta Bic. Que existe essa mania de não ejacular verdades porque ai-meu-Deus-o-que-vão-falar-de-mim. Que se deixa de fazer muita bobagem e sacanagem por medo de ser incompreendido. Você prefere vestir uma camisinha sabor em-cima-do-muro a se arriscar? Que eu acho incrível ser desencanado desde pequeno. Que tem gente que sai na rua de guarda-chuva, para que o sol não esfole a pele, sem valorizar julgamentos. Que eu adoro caras que contornam os olhos com lápis preto e senhorinhas que namoram depois de enviuvar. Que me arrependo de só ter dado chance pras preliminares, com o tempo você entende onde encostar, pra coisa fazer efeito. Entende por que gosta de tomar café e passar a noite de sexta-feira lendo e grifando frases de um livro pra numa conversa de bar punhetar tudo o que achou, quando a maioria das pessoas vai dançar e beber e não se lembrar da mesma sexta-feira no dia seguinte. Porque a maioria prefere papai e mamãe. Mas você não precisa ser um espermatozóide igual a todos os outros com tesão pelo mesmo óvulo. Você pode ter identidade e desviar um pouco o caminho pra sentir a felicidade que há em cobiçar o chão da cozinha ou chupar um sorvete de pistache. Que depois você relaxa. É melhor do que cigarro. Do que dormir. Do que tuitar um furo jornalístico ou uma frase espirituosa ou um comentário pertinente. É como arrancar o biquini dentro do mar e deixar que peixes te acariciem debaixo da água, enquanto você boia livre de âncoras repressoras. Mas também é quando você tem de estar mais forte pra sustentar quem você vai ser daqui pra frente, porque os escudos caem. Você se expõe. Você está nu com uma platéia te enquadrando, à espera de uma frase para te atirarem tomates ou flores. Que você não pode amolecer. O peso da crítica é como mil corpos te estuprando por trás. Ser você mesmo é dar aquela esfregadinha na cara dos outros. A agachadinha sóbria em cima da mesa de uma festa. Não é pra covardes. Sempre vai ter alguém arranhando um “X” vermelho bem grosso e latejante na sua cara. Sempre vai ter alguém discutindo sobre a sua calcinha ou a cor do esmalte que você escolheu ou sobre o caminho que você deveria ter tomado no dia mais difícil da sua vida. Você segura ou solta? E depois disso, mudar de opinião, assim que a noite vira. Assim que você dá enter. Eu gosto de bagunçar tudo e encaixar de novo, sem vaselina e sem regras. Mesmo que não faça sentido. Precisa ter sentido? Precisa sentir. Ter opinião, jeito, atitude é sobre ser forte e não coerente. É saber que um ponto final não significa somente o fim. Não significa um respiro. Não é nem um intervalo entre um gozo e outro. É só um pedaço de carne mastigadinha na sua boca pra facilitar a digestão. Eu prefiro espaços em branco. (WWW.CASALSEMVERGONHA.COM.BR)

PARA SEMPRE...

O despertador velando os nossos ouvidos de dez em dez minutos. Os dedos munidos de incansáveis e regurgitáveis e repetidas mensagens de bom dia. O seu café temperado com canela anunciando oito horas de sono, quase nove. Meu corpo abandonado nessas madrugadas enfrentando a insônia, num cortejo inútil para amansar a solidão dos pés. O que não tivemos, porque fomos interrompidos. As festas que frequentaríamos, eu estrangulando a sua mão, pra que seu amor não me escapasse. As viagens que não planejamos. Aviões no céu, todos eles, que flutuam na linha da vida que você me roteirizou e cremou, como se cansado da brincadeira. Eu vou me lembrar de você sempre que for surpreendida por uma parede colorida por porta-retratos e me dilacerar com uma dúvida: quanto tempo depois você se livrou da insignificância da minha foto coroada ali. Toda vez que topar com qualquer peça de roupa enterrada nas gavetas e que foi parar ali um dia só pra chamar a sua atenção. Do quanto você me achava insuportavelmente bonita. E do quanto eu me fazia bonita, só pra agradar. Uma multidão ao nosso redor, você com um presente nas mãos. O nome do taxista que guiava por São Paulo quando você descansou no ombro esquerdo a cabeça e seu olhar incendiado de uma ternura piegas me enquadrou eternamente. O perfume que você me deu – ainda é dolorido me vestir com nosso cheiro – e que escondi de minhas recaídas noturnas e dramáticas, que todos já preferem ignorar. Palavras atrevidas enjoando o peito. A eternidade de um beijo. Um tropeço do coração. O corpo anestesiado de uma alegria, que hoje repousa cinza dentro de alguma urna do meu passado. Silêncios repentinos vão me lembrar você. Uma porta batendo na minha cara. Um telefone desligando sem adeus. Aliás, qualquer adeus. Todo “até logo” banal que ainda vou sofrer. Perguntas não preenchidas. Mentiras. O que você completou, enquanto eu só conseguia sorrir. (CASAL SEM VERGONHA)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

SENTINDO...

Tô com vontade de você, de sentir teu cheiro, de me perder no teu abraço..da tua boca na minha, da tua vida na minha, do teu sorriso no meu. Por isso, da próxima vez que me encontrar; não estranhe se ganhar o abraço mais apertado que já te dei. Não me leve a mal se te beijar o rosto com carinho, não pense que estou louca, se me ver dizendo que te amo, não me critique por parecer uma idiota, por enchê-lo de beijos. Não se surpreenda se descobrir que é muito mais importante pra mim do que pensava. E acredite, me importo muito mais do que demonstro, sinto muito mais do que exponho, sofro muito mais do que confesso, TE AMO MUITO MAIS DO QUE REVELO. " EU VOLTO... ME ESPERA!!!!"

ME...

Me encante da maneira que você quiser, como você souber. Me encante, para que eu possa me dar… Me encante nos mínimos detalhes. Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso, Gostoso, inocente e carente. Me encante com suas mãos, Gesticule quando for preciso. Me toque, quero correr esse risco. Me acarinhe se quiser… Vou fingir que não entendo, Que nem queria esse momento. Me encante com seus olhos… Me olhe profundo, mas só por um segundo. Depois desvie o seu olhar. Como se o meu olhar, Não tivesse conseguido te encantar… E então, volte a me fitar. Tão profundamente, que eu fique perdido. Sem saber o que falar… Me encante com suas palavras… Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres. Me conte segredos, sem medos, E depois me diga o quanto te encantei. Me encante com serenidade… Mas não se esqueça também, Que tem que ser com simplicidade, Não pode haver maldade. Me encante com uma certa calma, Sem pressa. Tente entender a minha alma. Me encante como você fez com o seu primeiro namorado… Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza. Me encante na calada da madrugada, Na luz do sol ou embaixo da chuva…. Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo. Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre… Mas, me encante de verdade, com vontade… Que depois, eu te confesso que me apaixonei, E prometo te encantar por todos os dias… Pelo resto das nossas vidas!!! (Pablo Neruda)

TENTE...

‎"Tenho pena dos que não se arriscam, dos que não pulam e gostam do morno, dos que se conformam com piscinas rasas e vidas rasas também. Tenho pena dos que vão embora cedo, dos que só viajam até a esquina, dos que pensam mil vezes antes de falar."

VAI...

Vai devagar… Pensa duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias pra não fazer bobagem. Cuida do teu coração, cuidado com quem você deixa entrar. Espera o tempo passar. Acredita menos… As pessoas não são tão legais quanto aparentam ser. Quem acredita menos, sofre na mesma proporção. Até quando você achar que é verdade, desconfie um pouquinho. Faz bem não se entregar totalmente logo de cara. Se arrisca mais, por você. Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado. Seja forte para conseguir se manter calada perante alguns. Muda de rumo. Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração. Se você não aguentar mais fingir… Chore. Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve. E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso escandalosamente lindo no rosto e dizer que chega, que você vai é ser feliz. Eu sei, é assim mesmo. E vai funcionar! Não diga “nunca”, nunca. Irônico, não? Mas não diga. Porque essa vida é incrivelmente engraçada. Mais uma coisa. Você não pode ter medo que as pessoas te machuquem, viu. Porque as pessoas vão te machucar de vez em quando, até mesmo aqueles que você mais confia e admira. Não vão fazer por mal, mas somente porque são humanos. Cometemos erros ridículos com pessoas maravilhosas. Faz parte. Não esquece que cada um é cada um. Somos diferentes. Graças a Deus, somos. Vive um dia por vez, sem pressa e sem querer ser mais rápida que o tempo. E por favor, vai ser feliz, que tu ainda tem muito por viver. (Caio F. de Abreu)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O QUE ESTÁ GUARDADO????

Guardo. Sinto. Vivo. Sei. Sou. Eu sei, sei do que eu não sei sobre você. Qual é a sua nova roupa preferida? Qual blusa você veste quando sente frio? Para quem você conta o que não conta mais para mim? Em quem você pensa enquanto eu penso em você? O que você pensa quando lembra que eu não te esqueci? Como você ignora por aí saber que eu ainda te sinto por aqui? O que você tem feito da sua vida além de fazer falta na minha? Sei que talvez seja um problema eu me perguntar tudo isto, não só porque eu continuo me perguntando o que você deveria responder, mas, mais do que isso, um problema porque ninguém entende. As pessoas entendem e até apoiam quando você conta que beijou dez em uma só festa na noite anterior, mas se assustam e te recriminam quando você conta que na noite anterior, e em todas as outras dos últimos anos, você passou pensando em alguém que ama, ama e não tem. Você ouve a todo momento que todo amor tem fim e não sabe se lamenta ou se comemora ser uma exceção. Então você aprende a disfarçar e fingir que passou. Dizendo mil vezes que ama alguém este alguém passa a te amar também? Dizendo mil vezes que não ama mais alguém este alguém é esquecido? Só sei que ando deixando de dizer muita coisa, pois as pessoas ao meu redor já se cansaram de me ouvir dizer, ainda que eu precise dizer. Quando a gente não vive um amor a gente precisa falar de amor para não morrer por dentro. E dói tudo que eu não tenho te falado, pois me acharia (mais) louco. Quando o assunto é contigo, contido estou. Sentimentos calados, vontades camufladas enquanto você já tem alguém que te faz se sentir como você me faz. Para que dizer que eu seria ainda mais feliz se eu pudesse dividir meus dias com você? Seria como dar uma música a quem já possui o CD inteiro. Então, fica o amor guardado. E amar assim é como ser o melhor presente e não ter nunca a oportunidade de ser aberto, cantar a mais linda canção sem ter voz para alguém te ouvir, encontrar todos os sinais verdes e continuar parado por não saber para onde seguir, sentir uma alegria que estranhamente causa um vazio, uma tristeza que traz o desejo por um dia nunca ter conhecido alguém. Você não sabe como é viver tendo que mostrar que você consegue esconder, que o que você sente é não sentir mais nada. Assim, eu me afasto. Não é engraçado como às vezes a distância pode nos aproximar, estar longe pode te deixar ainda mais perto do que você sente. É que o que os olhos não vêem o coração projeta em alta definição, fazendo arder tudo que eu tento esquecer. O que guardo é porque o que mais quero não é dizer "eu te amo", mas é poder afirmar com todas as letras, espaços e a devida pontuação "você me ama!". É o meu sonho contido, contigo. Guardo você. Sinto saudade. Vivo tentando. Sei não mais saber. Sou um intervalo entre "eu" e "nós", "só" e "seu". Acredite, meu nome é "Espera" e o meu sobrenome é "Sou eu que vai te fazer feliz". É só chamar. (www.eusoqueriaumcafe.com)
"EU VOLTO- ME ESPERA!" VC NUNCA MAIS VOLTOU, E EU... NÃO ESPEREI... ENTÃO POR QUE VC NÃO SAI DAQUI- POR QUE AINDA DÓI????? ACHO QUE AS COISAS JOGADAS NO AR FICAM... EU NÃO SEI DIZER, MAS ACHO QUE UM FIM CLARO TE LIBERTA! UMA HISTÓRIA SEM FIM TE DEIXA PRISIONEIRO... SERIA MELHOR: " NÃO ME ESPERA... EU NUNCA MAIS VOLTAREI!" ... "EU VOLTO... ME ESPERA..."

QUE ACEITE...

Só quero alguém que aceite tudo que tenho. Claro que ninguém é obrigado a aceitar tudo o que temos, às vezes temos coisas horríveis. Mas eu só quero alguém que saiba de tudo em mim. Que me decore sem precisar voltar pra primeira página só pra ter que entender os porquês da segunda. Eu quero alguém completo. E quando digo completo, é com todas as qualidades e defeitos. Com tudo aquilo que tem por detrás das armaduras, entre as letras pequenas dos comerciais, entre as observações e avisos de atenção na embalagem. Não quero aceitar novamente alguém em minha vida que bagunce meus cabelos e vá embora na manhã seguinte. Não aceito alguém que me prove e espalhe o cheiro do meu sexo pela rua sem nenhum vestígio de amor. Não quero convidar pro jantar alguém que não aceita meus modos, que não come com os braços em cima da mesa, que não escreve no guardanapo. Alguém que dá risada de boca cheia e que não vai me fazer vergonha na frente dos meus amigos. Quero alguém que se comporte como um amor de verdade. Um amor que só me faça bem, que faça crescer as rosas secas dos meus jardins. Não quero abrir as portas pra alguém que vai pular as janelas depois de beber um pouco do que sou. Não quero ter alguém que se esconda debaixo da cama com medo dos meus passos. Quero alguém que conheça o meu jeito assassino de ser. Quero alguém com compromisso. Alguém pra ser minha vítima, pra ser o ator principal do meu filme, pra ser o sobrevivente da minha história. Que aceite esse meu jeito de dar e querer devolução. Ninguém tem saco pra mandar um torpedo e esperar o telefone tocar até o outro dia. Eu não tenho. E quero alguém que aceite essa minha falta de paciência. Esse meu jeito de não aceitar que as pessoas não são iguais. Nem todo mundo vai responder o teu torpedo na mesma intensidade que você escreveu.''