Há pessoas que choram por saber que as rosas teem espinho, Há outras que sorriem por saber que os espinhos teem rosas! (Machado de Assis)
quinta-feira, 4 de julho de 2013
O Amor, a Vaidade e a Ilusão.
Certo dia, nasceu uma flor no planeta do pequeno príncipe. Era um rosa. E o principezinho logo tratou de cuidá-la; era tão linda!
“O pequeno príncipe percebeu logo que a flor não era modesta. Mas ela era tão envolvente!”
“Assim, ela logo começou a atormentá-lo com sua doentia vaidade.”
” – À noite me colocarás sob uma redoma de vidro. Faz muito frio no teu planeta (…)”
“Então ela forçou a tosse para causar-lhe remorsos.”
O principezinho começou a duvidar de sua flor. Ficou entristecido, embora fosse sincero o seu sentimento. Teve grande vontade de partir. Preparou tudo. Conheceria outros planetas.
Na despedida, a flor disse que o amava e dispensou a redoma e os outros cuidados.
“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.”
Disse-lhe adeus, mas não chorou. Ela era muito orgulhosa!
Mais tarde, enquanto visitava outros planetas, o príncipe pensou: “(…) Deveria tê-la julgado por seus atos, não pelas palavras. (…) Mas eu era jovem demais para saber amá-la”
Um geógrafo, que morava num dos planetas visitados pelo pequeno príncipe, explicou-lhe o significado da palavra “efêmera”. Ele então entendeu que sua flor era efêmera, que estava ameaçada de desaparecer, e que a tinha deixado sozinha. Sentiu remorso.
Na Terra, encontrou um jardim cheio de rosas e sentiu-se triste por ter sido enganado por sua rosa. Ela havia lhe dito que ela era única no mundo… Mas existiam tantas! O pequeno príncipe pensou como a sua flor ficaria envergonhada ao ver todas aquelas outras rosas. Ela era como as outras!
Uma amiga raposa, a qual o príncipezinho cativara (criara laços), explicou-lhe que os laços criados é que tornavam os seres únicos.
“Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…”
A raposa ainda disse: ” só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.” E também: ” Tu te tornás eternamente responsável por aquilo que cativas.”
O pequeno príncipe pensou em sua rosa.
Os homens não se lembravam mais de criar laços…
(Antoine de Saint-Exupéry)
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