terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

DISTANCIA.

"E tem gente maravilhosa que, de repente, vai ficando longe, difícil de ver – e aí dança. Mas também acho que aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante – coisa ou pessoa – na sua vida, isso não se perde. E aí lembro de Guimarães Rosa, quando dizia que “o que tem de ser, tem muita força”. A gente não tem é que se assustar com as distâncias e os afastamentos que pintam.” - Caio Fernando Abreu."
(http://alemdoquevoceimagina.blogspot.com)

ESQUECIMENTO...

“Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre”. (Clarice Lispector)

EU QUERO....

TRISTEZA DA ALMA.

ILUSÃO.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

RELACIONAMENTOS...

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:- Ah, terminei o namoro...- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...- Cinco anos.... que pena... acabou...- é... não deu certo...Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?E não temos essa coisa completa.Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.Tudo junto, não vamos encontrar.Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto.Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ???? (ARNALDO JABOR)

SAUDADE...

DORES...

É difícil me iludir, porque não costumo esperar muito de ninguém. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito. Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça. Que coisas são essas que me dizes sem dizer, escondidas atrás do que realmente quer dizer? Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Hoje eu saí de casa tão feliz, que nem me lembrei que em algumas horas a tristeza bate, me sacode e me faz sentir dores que eu não imaginava que continuavam ali. Fico pensando que nunca mais vai se repetir, é só uma vez, a única, e vai me magoar sempre. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. (Caio F. Abreu)

PESSOAS DA ALMA!

Tem gente que entra na nossa vida de forma providencial e se encaixa naquela história que gosto de imaginar: surpresas que Deus embrulha pra presente e nos envia no anonimato. Surpresas que só sabemos de onde vêm porque chegam com o cheiro dele no papel. Acho maravilhoso perceber o quanto algumas vidas interagem com a nossa de um jeito tão mágico e bonito. Os milagres existem para quem tem olhos que sabem ver a sabedoria e a ludicidade amorosa próprias do que é divino. Do que transcende. Do que escapole da nossa lógica tantas vezes sem coração. Todo encontro que verdadeiramente nos toca é uma espécie de milagre num mundo de bilhões de seres humanos. Algumas pessoas a gente nem imaginava que existiam, mas, meu Deus, que agrado bom é para a alma descobrir que vivem. Que estão por aqui conosco. Pessoas que fazem muita diferença na nossa jornada, com as quais trocamos figurinhas raras para o nosso álbum.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ULTIMO TANGO!

DESEJO.

HUMOR.

SÓ MAIS UMA HISTÓRIA DE AMOR...

... EXISTIA AMOR! ... UM DIA ELE FICOU COM OUTRA, E ... ELA FICOU COM OUTRO. "ELE CASOU COM OUTRA!" "ELA CASOU COM OUTRO!" E O AMOR? TERMINOU? ... O TEMPO PASSOU... ... ELE VOLTOU, " O QUE ACONTEÇEU COM NOSSO AMOR?" ????????????????????????????????? Quem disse que o amor pode acabar? O amor que nos invade, nos ensina, nos modifica, nos melhora... Este tipo de amor nunca nos abandona, ele sempre encontra uma maneira de retornar para nós, seja numa nova chance ou numa antiga lembrança. Acredito que nossos sentimentos são a única coisa eterna na vida da gente. O que a gente sente nunca se apaga, nunca dorme, nunca se aquieta, nunca morre. Algumas vezes precisamos lapidá-lo , transformá-lo em algo possível de se conviver e levar em paz consigo. O amor é uma fonte inesgotável, quanto mais se dá, mais se tem. E mesmo que ninguém apareça para beber nessa fonte, a água permanece ali disposta a matar a qualquer momento a sede de quem virtuosamente merecer, até mesmo daquele que se foi mas que às vezes o destino não era de ir mas de retornar para fonte à qual pertencia. Fonte especial com água preciosa que nunca seca, é o coração de uma mulher. Tão carinhosas e preocupadas, quantas vezes não quisemos matar a sede de quem bebia em outra fonte? Mulheres - Ah nós mulheres, escolhemos, acolhemos, cuidamos, amamos e diversas vezes perdemos. Algumas vezes por medo, outras por insegurança, obra do acaso ou descaso do destino. Outras vezes ganhamos, amadurecemos, degustamos esse doce pedaço de paraíso que compartilhamos com graça e com zelo. Nós que sabemos a importância daquele momento ao lado de quem se ama, nós que às vezes damos um jeitinho de driblar o destino, arregaçamos as mangas e vamos a luta pelo nosso amor, nós que tantas vezes renunciamos, compreendemos e voltamos ao início com aquela fé inabalável, acreditando e esperando em Deus por aquela felicidade preenchida e paz revigorada. Nós é que sentimos bem lá dentro da gente que o amor não acaba, ele apenas muda. E quando nos encontramos com aquele novo amor gostoso ou o velho amor recuperado, aquele que só de fechar os olhos dá saudade, que só de lembrar do jeito se morre de vontade, é que a gente pára pra refletir - Que se pode ser assim tão profundamente meu, para que pensar que existe adeus?! Eu sempre vou e amo! Agora me diz, quem foi que disse que o amor pode acabar? (Thaise Moraes)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

INICIO,

Quem inicia fica arrepiado ao ouvir um barulho de telefone, sente-se maravilhado com as coisas mais simples, quer saber detalhes de uma vida toda em um mês, quer engolir tudo e fazer seu. Jantares, conversas intermináveis pelas madrugadas, uma sensação de não querer ir embora, pensamento fixo, desconcentração em qualquer outra coisa que não seja o que motiva, o que cutuca, o que encanta. O iniciante não só se prepara para ver o melhor, mas também separa o melhor de si para mostrar. Capricha nas palavras, na maquiagem, nas escolhas, retoma velhos projetos abandonados, vasculha na própria alma o brilho mais intenso que emitia antes das dores da vida. Toma cuidado com o que diz, zela pelo que tem, finge não ver o que magoa. Nada – nada – se compara à luz que vem de quem está iniciando algo. Ah, a disposição dos inícios… É longe? Eu vou. É difícil? Eu faço. É triste? Eu ignoro. É complicado? Eu resolvo. É cansativo? Eu aguento. É problemático? Eu aceito. É feio? Eu enfeito. No início, “há motivo pra tudo, e tudo é motivo pra mais“. Noites mal dormidas, torcida contra, argumentações racionais, cansaço e fome, tudo isso é nada. O início é alimento, é descanso, é prazer, é o que satisfaz, é o que precisa, é o que basta. E ai de quem disser o contrário. Todo início é feito de esperança, de boa vontade, de ilusão… De sonho. Quem inicia é animado, cauteloso, cuidadoso, zeloso, dedicado. Claro, com o tempo, reiniciar vai carregando as marcas do que já foi, das experiências passadas, de tudo que um dia se acreditou e não deu certo. E passa-se a vida inteira tentando encontrar a sensação do início… O frio na barriga do primeiro beijo, do primeiro amor, do primeiro emprego, do primeiro carro, do primeiro salário, da primeira noite, da primeira viagem… E claro, também, não se pode manter iniciando sempre algo que continua. E isso nem é de todo ruim. A passagem do tempo e o acúmulo de experiências tem suas vantagens. Mas uma coisa é certa. Evita o fim quem é capaz de sempre manter algo de início em tudo que dura.
(MAFALDA CRESCIDA)

Amante.

Em uma ponta, estou eu. Pés no chão, fincados e atolados na lama da falsa segurança da solidão, de todos os sonhos frustados, da mágoa, da tristeza, da saudade, da inglória incompetência de outros amores dolorosamente acabados. Na outra ponta, um incrível e sedutor cenário desconhecido a me chamar, envolver, provocar. Sinto um cheiro delicioso vindo de lá… Ouço belas melodias ao longe, risadas, gargalhadas até. Vejo relances de cores que nunca vi antes, grandiosas e diferentes. Tenho enorme vontade de experimentar tudo que há lá. Mas há um espaço entre o amor e eu. Um abismo escuro, profundo, mas não tão largo… Apenas um pouco maior do que minha perna. Só preciso de um pouco de impulso para pular, para me atirar lá, lá onde é impossível não querer estar. Está tão perto… Só um pulo. Já me atirei outras vezes, já cheguei até mesmo a voar pra lá, tão leve estava. Talvez devesse tentar de novo… É só um pulo. Mas é tão difícil livrar-me da minha própria lama… Ela deixa meus pés imóveis, pesados, doloridos. É tão fácil achar que minha força não vai ser suficiente, que não vou conseguir pular e vou cair naquele abismo profundo de silêncio, escuridão e dor, e vou ficar caindo, caindo, caindo, até pousar em outra lama, ainda mais fétida e poderosa que a minha, e que dessa vez ela pode me enterrar até a cabeça. Então fico ali, parada, olhando, pressentindo, admirando aquilo que quero tanto ter e, embora esteja ao meu alcance, não posso me permitir tentar. Chegou a hora em que me senti incapaz de juntar meus próprios cacos, mesmo depois de já ter feito isso tantas vezes. São muitos, e tão pequenos, e tão cortantes, e tão pontudos. E é justamente nessa hora que aparece alguém do outro lado, na beiradinha. Já está lá, onde quero estar; não pode vir me buscar onde estou, que dali só eu mesma posso sair. Mas, de onde está, resolve olhar pra mim. Me olha direito, profundamente, entendendo, admirando; e vê além do que aparento ser – vê todo brilho que um dia eu tive, e que se escondeu em algum lugar. Me olha e fala comigo mansamente. Assustada, finjo que não ouço, fecho os olhos, me coloco em silêncio absoluto. Mas ele não desiste. Ele sabe esperar… E espera. Enquanto espera, vai me encantando, dando de graça aquilo que sempre cobraram de mim. Vai me fazendo limpar os pés. Vai construindo intimidade sem me invadir. Vai me dando roupas mais leves pra vestir. Vai me enchendo de sorrisos, e quando percebo e tenho vontade de fugir, ele me distrai, como se faz com uma criança medrosa. Vai cuidando de mim, bem devagar. Vai me fazendo deixar as coisas tristes para trás, e me fazendo entender que para pular o abismo do amor, é preciso mais que coragem… É preciso fé. E muita fé. Ele esteve lá, e estendeu a mão por muito, muito tempo, sorrindo docemente pra mim, me chamando pra viver aquilo tudo que um dia eu esqueci de sonhar. Há um espaço entre o amor e eu, e para pulá-lo é preciso coragem, e fé. Fica mais fácil pular quando tem alguém do outro lado, com os braços abertos, dizendo vem, que eu te seguro… Vem, que eu te amparo… Vem, que eu te empresto o que te falta até você ter de novo… Vem, que você consegue. E eu vou…
(MAFALDA CRESCIDA)