Há pessoas que choram por saber que as rosas teem espinho, Há outras que sorriem por saber que os espinhos teem rosas! (Machado de Assis)
terça-feira, 30 de setembro de 2014
CARPINEJAR PARA OS AMIGOS QUE ESTÃO DISTANTES...
Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público.
Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança. Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer.
Ah, meu querido moço, sinto falta das gargalhadas que me doíam até o último músculo da barriga e que me faziam esquecer tudo ao meu redor, e só me lembrar de você. Mas agora, moço, é sua hora de ir. Chegamos em sua estação, e é a hora de nos reinventarmos. Vá e leve contigo células do meu músculo estriado cardíaco. Que ele sempre te bombeie felicidade e sorrisos, mesmo que não sejam pra mim. Que você não perca o brilho dos seus olhos que eu tanto enxergo, e que seus dias não se cruzem com os meus. E se algum dia se lembrar daquela moça, aquela de cabelos cacheados e pouca paciência, lembre-se também de que ela se tornou insuportavelmente a pessoa que mais se preocupa e torce para que você seja sempre a pessoa mais feliz desse mundo. Com ou sem ela...
AINDA SOU...
Sou uma menina difícil, me apego muito fácil então por favor só entre na minha vida se for pra ficar, venha se importe comigo do mesmo jeito que eu me importar contigo, e não se vá. Mesmo quando eu ficar super irritada, fique perto, não precisa dizer nada apenas me escute, e depois me abrace pois provavelmente depois de tanto nervosismo vou querer chorar... E mais uma vez te peço, por favor se não for pra ficar, não entre. Saiba também que independentemente de quem você será na minha vida, eu vou me apegar muito a você e sempre vou estar tentando te fazer sorrir. Por que eu sou assim, não consigo ser de outra maneira. Não consigo ficar quieta, não consigo ver lágrimas quando na verdade eu posso fazer a pessoa dar ao menos um sorriso. Esse é meu problema, ainda não perdi minha ingenuidade, minha inocência. Ainda sou uma criança, simples. E você sabe o quanto uma criança é teimosa, birrenta, bagunceira e ao mesmo tempo tão carinhosa...
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