quinta-feira, 20 de março de 2014

DEPOIS DOS 40.

Depois dos 40 anos, o pensamento feminino muda, desembaraça. O sexo não é mais performance, exaustão, é fazer o que se gosta e do jeito que gosta. É aproveitar dez minutos com a intensidade de uma noite inteira, é reconhecer o rosto do próprio desejo no primeiro suspiro, é optar pela submissão por puro prazer, sem entrar na neurose da disputa ou do controle. A mulher de 40 não diminui o ritmo da intimidade. Pode ler um livro com a intensidade de uma transa. Pode assistir um filme com a intensidade de uma transa. Pode conversar com a intensidade de uma transa. Ela não tem um momento para a sensualidade, a sensualidade é todo momento. Tomar o café da manhã não é apenas um desjejum, tem a sua identidade, o seu ritual, um refinamento da história de seus sabores. Tomar o café da manhã com uma mulher de 40 anos é participar de sua memória, de suas escolhas. Ela não precisa mais provar nada. Já sofreu separações, e tem consciência de que suporta o sofrimento. Já superou dissidências familiares, e tem consciência de que a oposição é provisória. Já recebeu fora, deu fora, entende que o amor é pontualidade e que não deve decidir pelo outro ou amar pelos dois. A mulher de 40 anos, cansada das aparências, cometerá excessos perfeitos. É mais louca do que a loucura porque não se recrimina de véspera. É ainda mais sábia do que a sabedoria porque não guarda culpa para o dia seguinte. A beleza se torna também um estado de espírito, um brilho nos olhos, o temperamento. A beleza é resultado da elegância das ideias, não somente do corpo e dos traços físicos. Encontrou a suavidade dentro da serenidade. A suavidade que é segurança apaixonada, confiança curiosa. O riso não é mais bobo, mas atento e misterioso, demonstrando a glória de estar inteira para acolher a alegria improvisada, longe da idealização, dentro das possibilidades. Não existe roteiro a ser cumprido, mapa de intenções e requisitos. Há a leveza de não explicar mais a vida. A leveza de perguntar para se descobrir diferente, em vez de questionar para confirmar expectativas. Ser tia ou mãe, ser solteira ou casada não cria angústia. Os papéis sociais foram queimados com os rascunhos. A mulher de 40 é a felicidade de não ter sido. É a felicidade daquilo que deixou para trás, daquilo que negou, daquilo que viu que era dispensável, daquilo que percebeu que não trazia esperança. Seu charme vai decorrer mais da sensibilidade do que de suas roupas. O que ilumina sua pele é o amor a si, sua educação, sua expressividade ao falar. A beleza está acrescida de caráter. Do destemor que enfrenta os problemas, da facilidade que sai da crise. A beleza é vaidosa da linguagem, do bom humor. A beleza é vaidosa da inteligência, da gentileza. Depois dos 40 anos não há depois, é tudo agora.
Fabricio Carpinejar
Publicado na Revista Isto É Gente Março de 2014 p. 50 Ano 14 Número 706

Anjo... uma fada... algo assim,

Tem pessoas que passam rapidamente pela sua vida e te deixam marcas imensas, absurdas. Não são marcas doloridas, em nenhum momento esta pessoa te prejudicou ou algo assim. São marcas de carinho, são doces lembranças, foram momentos de colo, de dedos entrelaçados, de olhares serenos e de conversas verdadeiras. São sentimentos familiares que você nem sabe explicar, mas você admirou tanto esta pessoa. Por um momento você até pensou que fosse AMOR pela profundidade de como este sentimento cresceu e evoluiu em tão poucos dias. Uma química única não conhecido, nem repetida. Era pra ter sido assim, rápido e profundo. No começo você ficou sem entender o porque do afastamento, do adeus sem você querer, mas hoje você sabe: Era um anjo colocado em seu caminho pra te deixar ensinamentos, pra te trazer uma resposta, pra te fazer mais feliz, mesmo que por instantes, você sabe que você foi extremamente feliz! Quem sabe num dia qualquer, esse mesmo anjo volte a cruzar o seu caminho... Ou quem sabe um outro? Isto não é algo que se pode programar, é de repente! Basta que você esteja preparado e sensível para receber essa visita!

segunda-feira, 3 de março de 2014

Ela, a Rosa:

Ela é solteira. Não sozinha. Ela pinta as unhas de vermelho quando quer. Mas, também, sabe deixar as unhas em cacos quando dá vontade. Esbanja esquisitices ao falar dos seriados prediletos. E se cala quando o assunto é sobre o porquê dela não ter namorado. Ela usa vestido de tricô, daqueles clichês para tomar chá quando o tempo é frio. E bebe cervejas em canecas, como homens pré-históricos. Ela ri de palavrões e de piadas de humor negro. Mas, também, se derrete mais do que picolé em frigideira quando recebe um SMS romântico de madrugada. Mas por que não namora? Ela acorda, escova os dentes de quem já usou aparelho, toma chocolate quente, se arruma e vai trabalhar. Prefere usar preto. Mas desbanca qualquer havaiana bonita quando inova em alguma vestimenta cheia de flores coloridas. Ela é linda e desconversa. Fala do tempo, do futebol, da novela, da mãe, da crise do Paraguai e do Joseph Gordon-Levitt. Mas por que tu não namoras? Quando o assunto é sexo, ela fala menos do que escuta. Escuta com os ouvidos, com os olhos, com a boca e com os pêlos da coxa. Transa menos do que deseja. E sabe esconder alguma aspirante a Sônia Braga dentro daquele decote comportado. Ela curte os Beatles, os Novos Baianos, Caetano e o Cícero. E fala que eu tenho péssimo tom de voz. Lê Caio, Keroauc, Fante e Gabito. Mas diz que, também, gosta das minhas histórias. É estranha, também. Assumo. Corta o cabelo de acordo com as fases da lua e gosta de comer macarrão com feijão. Gosta de umas bandas que ninguém conhece e chora com as histórias do Nicholas Sparks. Liga o ar condicionado porque gosta de dormir sentindo frio e acaba repousando feito uma esquimó com meias e edredom. Uma linda esquimó, por sinal. Não sabe usar o celular. Costuma atender as ligações somente após a quarta tentativa de chamada. Não, ela não ignora. Ela perde tempo é procurando o celular na bolsa, debaixo da cama ou pia na banheiro. Mas, vez em quando, ela sabe ignorar também. Não sabe dançar. Recusa os convites, mas adora ser convidada. Odeia batom e gosta de brincos pequenos. Mas por que ninguém conseguiu ultrapassar esse muro de Berlim que você ergueu no teu peito? Ela desconversa. Ri de canto de boca e me pergunta se eu fumo tentando desviar o assunto pra longe. Eu insisto. Falo coisas demodês e jogo no ar o fato de que eu a acho perfeita. Ela empina o nariz o fino, me lança teus olhos verdes escuro e ajeita-se sobre a mesa. Muda o tom e me fala: “Porque eu não quero”. E eu rio sem graça da minha maldita ideia de achar que todo mundo quer ter alguém para dividir os brownies.
Hugo Rodrigues

SAUDADE...

O amor!

O amor é o ponto frágil da vida.

Só Hoje...

Vai...

"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só."
-Caio Fernando Abreu

TEMPO...

Tempo eh uma questão de preferência!

INTENSIDADE!

“O que realmente marca um momento não é o tempo que ele durou, mas sim, o quanto ele se torna eterno pra nós. É a grandeza e o sentimento de bem estar que sentimos naquela hora. É a saudade e a alegria que nos causa ao relembrá-lo. É a vontade de revivê-lo, pois nos fez feliz, muito feliz enquanto o vivemos. E é por isso que alguns momentos da vida são tão eternos e intocáveis, pela felicidade que representam, pela felicidade que nos permitiram sentir”

PALAVRAS...

aquele seu olhar era o jeito mais bonito de me escutar.

VOCÊ NUNCA MAIS VOLTOU...

Mesmo que nossos lábios não se cruzem novamente, posso dizer em silêncio, tudo aquilo que ficou escondido para sempre. Haverá momentos em que nossos pensamentos se encontrarão no espaço, e assim, sentiremos falta de estarmos juntos novamente.